De tudo que há nesta vida, um dos mistérios que me intriga é saber o que nos impulsiona, nos move em direção aos ideais. Essa condição é tão característica da espécie humana e ao mesmo tempo tão particular a cada indivíduo que talvez nunca venha a ter uma resposta única.
Como característica humana, o impulso que nos move provém de uma necessidade não satisfeita de qualquer ordem: algo nos falta e vamos atrás.
Pode ser algo material ou afetivo. Tanto faz. Para o nosso cérebro, não faz muita diferença.
Do ponto de vista individual, nossa história de vida e nossas vivências vão ser determinantes do modo como vamos reagir aos estímulos do meio, os tais que provocam as necessidades que, como espécie humana, tentamos satisfazer.
Aprendemos, vivendo a vida, que não podemos ter tudo. Há limites. Os limites por vezes seguram os nossos sonhos de tal forma que eles perdem o brilho. E lá vamos nós nos acomodando…
Mas eu sou uma florzinha teimosa! Daquelas que brotam em solo árido (e lá vou eu pra minha vida…)! Talvez, por isso, hoje amanheci com a música do desenho ‘Moana’ na cabeça:
“Tento obedecer, não olhar pra trás,
Sigo meu dever, não questiono mais.
Mas pra onde vou?
Quando vejo estou
Onde eu sempre quis.
O horizonte me pede pra ir tão longe…
Será que eu vou?”
Por mais que eu tente seguir um trilho, de obediência, complacência com as normas, limites ou sei lá o quê, quando vejo estou indo na trilha dos meus sonhos.
Profissionalmente ou pessoalmente, enquanto estou pensando no “Será que eu vou?”, já estou indo…
E nesse ir, sem muito pensar mas com muito querer, a mente cria estratégias e soluções abrindo portas onde parecem existir somente muros. Confesso que nem tudo é planejado e pensado. Nem tudo é fruto de um raciocínio técnico e analítico. Mesmo no campo profissional muito é fruto da paixão. Me apaixono por um projeto e lá vou eu… Coração e mente desafiados.
E quando tudo dá errado? E quando o projeto perde a graça? E quando a vida passa a perna? E quando o horizonte fica estreito? Aí só o ‘Roupa Nova’ responde:
“Quando a paixão não dá certo
Não há porque me culpar
Eu não me permito chorar
Já não vai adiantar
E recomeço do nada sem reclamar!”
Beijos de uma flor musical que acredita que seu horizonte é você quem determina!