Sincronicidade foi um conceito desenvolvido pelo psiquiatra e psicoterapeuta suíço Carl Gustav Jung definido como acontecimentos, aparentemente coincidentes, que se relacionam não por fenômeno de causa e efeito, mas por circunstâncias, com algum significado para o observador.
Acho bem curiosa a história de Carl G. Jung e suas teorias. Em um certo momento ele se aproximou de Freud (dizem que o primeiro encontro entre os dois conversaram mais de 13 horas), mas posteriormente suas ideias divergiram e se afastaram. Carl G. Jung desenvolveu, entre outros, o conceito de inconsciente coletivo e de arquétipos, chamando a nova teoria que englobava esses elementos de Psicologia Analítica. Esses conceitos são bastante complexos, não tão populares como os desenvolvidos por Freud, e por muito tempo foram julgados como uma teoria um tanto “mística”.
Outro fato interessante, foi a aproximação do físico Wolfgang Pauli, paciente de Carl G. Jung. Eles associaram as teorias do psiquiatra com conceitos de Física Quântica, desenvolvidos pelo físico. Pessoalmente, acredito que a cooperação entre os dois fortaleceu as ideias de Carl G. Jung, vistas antes como místicas, proporcionando uma maior cientificidade a teoria.
Voltando ao assunto proposto, lembro a primeira vez que ouvi falar sobre sinconicidade. Foi através do livro “A Profecia Celestina”, que narra uma aventura mística no Peru, onde é encontrado um manuscrito com 9 revelações. Após esse primeiro contato, busquei subsídios para conhecer algumas teorias apresentadas no livro, entre elas a da sincronicidade. Com um pouco mais de conhecimento, simplesmente passei a observar as coincidências que ocorriam a minha volta e naturalmente fui associando a esse novo conceito. Aliado a isso, também vinculei outros tipos de eventos a novos conceitos agregados, um desses acontecimentos foi aquele que antes chamava apenas a “sorte”.
Penso que o leitor desse texto acredita que sou uma pessoa mística, entretanto posso afirmar que não. Sou um cético por natureza, acessível a novos conhecimentos e creio que para tudo há uma explicação lógica, se não existe é porque ainda não foi descoberta – também não adianta “inventar” teorias mirabolantes para forçar a compreensão de um evento ainda desconhecido.
Por fim, reafirmo que já vivenciei várias experiências sincronísticas e acredito que qualquer pessoa possa vir a tê-las. O primeiro passo seria procurar conhecer melhor o conceito, se aprofundando no assunto. Como consequência, naturalmente, as pessoas começam a observar os eventos que ocorrem a todo instante e correlacioná-los, percebendo que não se tratam apenas de coincidências e, a partir de então, poder ressignificar esses acontecimentos. Suponho que vale a pena experimentar.