Transitoriedade das relações pessoais. Não é simples escrever sobe esse assunto, mas vou enfrentar como mais um pequeno desafio.
A verdade é que nunca fui sociável, de maneira geral as pessoas me cansam – algumas muito rapidamente e outras durante a convivência. Até mesmo familiares. Isso mesmo, sou chato… introspectivo e crítico. A boa notícia (não sei para quem) é que já fui bem pior.
Mas a medida que fui organizando as ideias para escrever, recordei de pessoas que para mim foram importantes. O interessante é que não necessariamente lembrei daquelas que conviveram mais tempo comigo, as que considero muito inteligentes, bonitas, amáveis, habilidosas ou por outros tantos motivos óbvios. Digamos que o meu critério inconsciente foi “escolher” aquelas que por algum motivo passaram, deixaram marcas e se foram. Pessoas com quem rapidamente desenvolvemos uma grande afinidade, mas que por circunstâncias da vida convivemos pouco, deixando a lembrança do que poderia ter acontecido. É estranho ter saudade do que não houve e saber que aquela relação precocemente interrompida possibilitaria uma incrível troca de experiências e crescimento individual. Não é conveniente citar nomes, mas o que eu gostaria mesmo é de um dia ser capaz de expressar a cada uma dessas pessoas o quanto foram importantes e dizer que a ausência delas deixaram lacunas emocionais, impossíveis de serem preenchidas.